EVENTOS, LIVROS, AUTÓGRAFOS
 

União Brasileira
de Escritores, UBE

 

Entrega de prêmios literários
realizada em julho na sede da

Sociedade Nacional de Agricultura.

 

Entre os vários contemplados,
a escritora
Maria de Fátima Gonçalves Lima, coordenadora de Pós-Graduação em Letras da PUC, Goiás,
autora de 38 livros.

UBE

Presidente da UBE/RJ,
Eurídice Hespanhol,
Presidente de Honra,
Edir Meirelles
e a homenageada.

UBE

Acadêmica Nélida Piñon,
Acadêmico Carlos Nejar,

nosso editor,

Sérgio dos SantosNetto.
De pé, a homenageada.

UBE

Homenageada e nosso editor.

Lançamento
no Leme

Pó é, mas...
Mauro, autógrafo

Mauro, Sérgio Netto e Regina Pina.
Fotos de Vitor Vogel

Meio romance,
inteiramente verdade

 

Na redação do jornal dirigido por mim, máquina de escrever tocando o texto, o barulho do teclado se misturava ao som abafado da música ao fundo, onde cortinas quase abertas e quase fechadas permitiam o resto de sol inspirar a matéria que completaria a edição da semana. Súbito, vejo um menino decidido, resoluto em busca de algo que eu desconhecia. Ao se aproximar, rápido e cada vez mais próximo, apresentou-se como escritor em busca de abertura, oportunidade, abrir portas, queria publicar um poema de sua autoria. Vejam só... um menino decidido que pensava ser poeta. Depois de alguns assuntos dos quais não consigo lembrar, várias décadas já foram, parei o trabalho e resolvi ler o tal poema. Em papel rabiscado, solene, o menino apresentou os versos. “Será publicado nesta edição, sem falta”, disse ao menino depois da audácia e do poema lido.

 

Meio romance, inteiramente verdade, isso ocorreu no ano de 1973, em Niterói, e o nome do jornal era LIG, semanário distribuído de porta em porta. “LIG, O jornal em sua casa”, lembrava o bordão ao lado do logotipo nas simpáticas capas. O menino tinha mesmo 11 anos, e o nome dele é Mauro Oddo Nogueira.

 

E o poema? Foi publicado. E quem diria... décadas depois novamente publicado no livro “Pó é, mas...”, lançado em novembro de 2021, à beira mar, na brisa do Leme, em frente à La Fiorentina, entre amigos e aplausos. Creiam, “cortinas quase abertas e quase fechadas permitiam o resto de sol inspirar a matéria que completaria a edição da semana”. O poema completou.

 

-- Mauro, ao publicar o poema Civilização em seu livro e fazer carinhosa referência a este editor, desejo lembrá-lo que não dei uma oportunidade a você... ao contrário, recebi. A satisfação de vê-lo poeta, seu livro, sentir a brisa do Leme, abre espaço para afirmar que nada poderia superar “um menino decidido, resoluto em busca de algo que eu desconhecia”. Agora eu conheço a sua busca.

 

Sérgio dos Santos Netto

Homenagem

Civilização

 

O Sol, o céu, o mar, o verde, a natureza...

A natureza que está se destruindo,

Ou melhor, está sendo destruída.

Derrubam árvores e ali vão construindo,

E construindo vão destruindo, poluindo.

 

Parece que eles não sabem

Que cada folhinha purifica o ar.

Este ar que a cada dia que passa

Está mais difícil de se respirar.

 

É... os hippies têm razão 

Em se afastar da sociedade,

Pois a sociedade parece ser

Contra a natureza

E a favor da destruição.

 

É uma verdadeira monstruosidade,

Tudo por causa da civilização.

 

Primeiro poema de Mauro,
escrito em 1973.

Pó é, mas... Sérgio, Mauro

Equipe de Apoio

Por trás das lentes

 

Diogo Leobons

Diogo Leobons

Vitor Vogel

Vitor Vogel